Muitas pessoas não sabem que setembro é o mês da bíblia.
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O mês de setembro para os católicos do Brasil é o mês dedicado à Sagrada Escritura desde 1971, mas, desde 1947, se comemora o Dia da Bíblia no último domingo de setembro, e este foi escolhido com essa temática como porque no dia 30 de setembro é celebrada a festa de São Jerônimo, um grande biblista.
São Jerônimo viveu entre os anos 340 e 420, foi secretário do Papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada Escritura.
Essa versão é chamada de Vulgata, que, em latim, significa “popular”, sendo seu trabalho referência nas traduções da bíblia até os dias de hoje.
A bondade de Deus se fez palavra – logos – para a salvação dos seus filhos e filhas.
A Bíblia – Palavra de Deus – é o fruto da comunicação entre Deus que se revela e a pessoa que acolhe e responde à revelação.
Por isso, a Bíblia é formada por histórias de um povo que teve o dom de interpretar sua realidade à luz da presença do Pai e compreender que a vida é um projeto de amor que parte de Deus e volta para Ele.
Nada melhor do que reverência o mês da bíblia, não pela data, mas sim pela Palavra de Deus.
A palavra “bíblia” vem do grego e significa “livro” ou “ conjunto de livros”, contendo o Antigo e o Novo Testamento, sendo constituída por 73 livros.
Embora os Evangelhos sejam o ápice da revelação divina, eles estão dentro desse conjunto todo, do processo revelatório de Deus.
Logo, não podemos dizer que um livro é mais importante que o outro: há uma harmonia perfeita entre os livros da bíblia, pois foram todos inspirados por Deus.
A Sagrada Escritura não é um livro qualquer e não deve ser lida de maneira qualquer.
Para uma correta interpretação, é fundamental situar o texto que você lê no contexto histórico no qual ele foi escrito.
Uma boa dica é ler as introduções dos livros – que são encontradas antes de cada um deles – e a introdução geral da bíblia, pois ambas ajudam na compreensão.
Todavia, vale lembrar que a leitura da Palavra de Deus deve ser feita com calma, com espírito de oração e amor.
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis comunicar em relação à salvação.
Jesus é o centro e o coração da Sagrada Escritura.
Em Jesus, se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus.
Ao ler a bíblia, não devemos esquecer que Cristo é o ápice da revelação divina: Ele é a palavra viva de Deus.
Todas as palavras da Sagrada Escritura têm seu sentido definitivo n’Ele, porque é no mistério de Sua morte e ressureição que o plano de Deus se cumpre para a nossa salvação.
Em todos os anos, a Igreja do Brasil propõe um livro bíblico a ser conhecido, rezado e estudado.
Nesse ano, os católicos têm a alegria de serem convidados a uma belíssima reflexão sobre o livro da Sabedoria. “A sabedoria é um espírito amigo do ser humano” (Sb 1,6) é o lema do Mês Nacional da Bíblia.
De maneira ampla, a sabedoria se confunde com o próprio Deus e, de fato, nos aproxima de Deus, porque nos conduz a agir conforme Seus mandamentos, Suas leis e Seus ensinamentos.
Seguir e buscar a Deus são as ações daquele que é verdadeiramente sábio.
O livro da Sabedoria
O livro da Sabedoria está entre os textos escritos já no período do Antigo Testamento, num momento fundamental do diálogo entre o judaísmo e a cultura grega.
Portanto, contraria-se (historicamente falando) a hipótese de que se trate de um livro de autoria do Rei Salomão – aquele que é evidenciado pelo povo judeu como “o sábio”.
A forte influência grega (helênica) no livro fica evidente no diálogo entre fé e cultura, de modo a sublinhar que a sabedoria que brota da fé e conduz a vida dos israelitas é superior a que inspira o modo de viver dos habitantes de Alexandria.
Os seus belos discursos e a leveza da sua escrita transformam o livro num convite à oração, num pedido incessante pela sabedoria.
“Deus de nossos pais e Senhor de misericórdia, que todas as coisas criastes pela Vossa palavra, e que, por Vossa sabedoria, formastes o homem para ser o senhor de todas as Vossas criaturas, governar o mundo na santidade e na justiça, e proferir Seu julgamento na retidão de Sua alma, dai-me a Sabedoria que partilha do Vosso trono, e não me rejeiteis como indigno de ser um de Vossos filhos, pois eu sou Vosso servo e filho de Vossa serva, um homem fraco, cuja existência é breve, incapaz de compreender Vosso julgamento e Vossas leis.
Ainda que qualquer homem, mesmo perfeito, entre os homens, não será nada, se lhe falta a sabedoria que vem de Vós” (Sb 9, 1-6).
Que nesse mês da bíblia, você possa fazer a experiência pessoal de estar mais próximo da Palavra de Deus, contemplando a mensagem do Salvador e permitindo-se ter este encontro com o Mestre Jesus por meio da Sagrada Escritura, que é sempre viva, nova e iluminadora!